História - 1ª Fase 1976/1977 |
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As movimentações gerais Por creches, casas, emprego, educação, pela qualidade de vida
"As centenas de mulheres que em 12 de Setembro de 1976 formaram a UMAR vieram das movimentações do 25 de Abril: das lutas nos bairros pelo direito a uma casa, por creches; das lutas nas empresas pelo direito ao emprego e a salário igual; das noites à volta de uma mesa a aprender as primeiras letras, das idas à Junta e à Câmara a exigir a água, a luz, a estrada". Nesta primeira fase, a UMAR envolveu-se na luta mais geral que estava colocada na sociedade portuguesa do pós 25 de Abril. Foi a altura:
- dos cursos de alfabetização para mulheres em muitos bairros;
- da solidariedade com trabalhadoras de empresas como a Maconde (Braga), a Standard (Lisboa), a Confélis (Almada), a Kallen (Alenquer) e com as operárias conserveiras do Algarve e de Peniche;
- da formação de Comissões de Mulheres desempregadas no Alentejo (Alcácer do Sal, Moura, Portel, Safara);
- das lutas nos bairros por casas dignas para viver e por creches.
Em todas estas movimentações a UMAR sedimentou laços com os sectores mais desfavorecidos de mulheres, constituindo esta fase uma matriz histórica, que ainda hoje se faz sentir na associação, pelo seu trabalho em projectos de intervenção social e de formação social e profissional de mulheres em bairros como o das Laranjeiras em Lisboa, na área do Plano Integrado de Almada no Monte da Caparica ou ainda junto das mulheres desempregadas no Seixal, como exemplos.
De destacar, ainda, neste período o apoio ao abaixo-assinado contra o encerramento da revista Mulher, Modas e Bordados.
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